sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Angústia



Por Márcia Novais






Macaúbas cresce e se desenvolve. E como toda cidade que cresce, ela carrega pontos positivos e negativos.
É muito bom ver nossa cidade com baixo custo de vida, pouquíssimos moradores de rua, violência quase zero, espaços públicos eficazes, paisagens lindíssimas, crianças brincando nas ruas...
Mas também é angustiante perceber que não damos o devido valor que ela merece.
Não sabemos sua história. Quantos nomes importantes já se perderam? Quantas mais construções antigas serão demolidas?
Não respeitamos sua escala.  Quantos prédios mais serão construídos ao redor da praça principal? Até ela virar uma estufa?
Não nos damos conta da força que nós cidadãos temos. Até quando “essa política” irá nos oprimir e persuadir? Cadê a coragem para exercer de fato nossos direitos?
Desconhecemos nossa cultura. E o quanto ela é bonita.

2 comentários:

  1. Impressionou-me nessa postagem a simplicidade na escrita e a clareza do seu pensamento, Márcia. Nossa terra é, sim, um pedaço do paraíso que se desfaz com os anos.
    Perceba que o tempo leva não apenas os nomes dos nossos irmãos que ajudaram a construir tudo o que hoje desfrutamos; ele – o tempo – se encarrega de presenciar as mudanças que realizamos em nosso meio. E que mudanças!
    Penso que agimos no tempo de maneira contrária à própria existência, pois permitimos alterações irreversíveis do espaço físico que, de maneira disfarçada, modifica também a nossa forma de viver, baseada na cultura dos antepassados, nossa verdadeira raiz.
    É como se ramos de trepadeira parasitassem nossa essência, aquilo que temos de mais verdadeiro e belo.
    Diante disso, posso falar o que sinto também em nome de muitos: estamos sendo sufocados!

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